Em Memórias Póstumas, Machado de Assis convida o leitor a adentrar no universo peculiar e sarcástico de Brás Cubas, um defunto-autor que decide contar a sua história de vida após a morte.
Na narrativa repleta de digressões, um típico representante da elite brasileira do século XIX revisita suas memórias e reflete sobre sua existência, sua família, seus amores fracassados e suas aspirações não concretizadas. Brás Cubas é egoísta e cínico, mas seu humor e sua sinceridade o tornaram um anti-herói cativante. A complexidade do personagem reside na sua capacidade de autocrítica e na consciência aguçada das próprias falhas e limitações.
A obra é permeada pelo tom irônico característico de Machado de Assis, que expõe com maestria as contradições e hipocrisias da sociedade da época.
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“A conclusão, portanto, é que há duas forças capitais: o amor, que multiplica a espécie, e o nariz, que a subordina ao indivíduo.”